martedì, agosto 30, 2005

Aeroportos , despedidas e duas amigas em prantos

Parece uma coisa boba, mas eu sou uma mucca que gosta muito de aeroportos. Adoro toda aquela movimentação, pessoas indo e vindo com seus carinhos e suas bagagens imensas , os sotaques estranhos que se misturam e se confundem nos cheek in , as línguas desconhecidas que entram como música leggera pelos meus ouvidos , as pessoas de todas as cores , tipos e vestimentas que dividem as mesmas poltronas na sala de espera . Uma mosaico de cores , cheiros, sons que estimulam seu último dos cinco sentidos a degustar um café caríssimo como só um aeroporto possibilita. Curioso observar os abraços apertados , as mãos que se confundem , as despedidas breves , os até logo dramáticos, o olhar das mães que vêem os filhos viajando sozinhos pela primeira vez, a dor da esposa que sabe que o marido vai trabalhar no outro lado do mundo sem data certa para o regresso (toda noite saem aviões abarrotados de mão de obra brasileira para o Japão). Risos e lágrimas acabam se misturando em mesmo portão de embarque . Inúmeras expectativas , inúmeras sensações , só uma viagem é capaz de proporcionar isso, um gosto do incerto e uma pitada de euforia concomitantemente.
E lá estava eu , perdida no meio daquela boiada , tentando dar um pouco de estabilidade a uma mui mucca amiga que se foi para meu curral natal. E na despedida, tentei não chorar , mas as muccas também choram enquanto que em centenas de outros aeroportos dolorosas despedidas se repetiam sincronicamente. A nossa, foi só mais uma. Mas foi a nossa...


2 comentários:

Anonimo ha detto...

Sei exatamente como é... é chatão.

Nessas horas eu penso que não é nada definitivo, e que no futuro as pessoas se verão novamente... Ajuda a não ficar tão triste.

Samara L. ha detto...

Ah, minha querida... Jamais vou conseguir te agradecer o suficiente por aquelas horas no aeroporto. Mesmo. Doumo arigato gozaimashita.
Mas aqui, nessa terra abençoada, as coisas estão absurdamente mais fáceis. Não perfeitas, mas mais fáceis. Agora, sei que me recupero. De um jeito ou de outro.
O que fica é que te amo muito, muito, viu? E de mim, tu não te perde tão cedo. Beijos e uma mucca lambida...