venerdì, dicembre 23, 2011

Henry Rollins é bem mais do que um liar


As ondas revoltas da internet (ou o acaso objetivo) me levaram até uma citação de um livro que, ao que tudo indica, se chama Solipsist, de autoria do interessante Henry Rollins.

Lembro que o moço chamou minha atenção lá pelo remoto ano de 1994, quanto aparecia pintado de vermelho e intensamente performático(além de gostoso!!!!) no clipe de Liar. E que fêmea, seja ela ruminante ou não,  não gostaria de ouvir as seguintes palavras:

You are beautiful like demolition. Just the thought of you draws my knuckles white. I don’t need a god. I have you and your beautiful mouth, your hands holding onto me, the nails leaving unfelt wounds, your hot breath on my neck. The taste of your saliva. The darkness is ours. The nights belong to us. Everything we do is secret. Nothing we do will ever be understood; we will be feared and kept well away from. It will be the stuff of legend, endless discussion and limitless inspiration for the brave of heart. It’s you and me in this room, on this floor. Beyond life, beyond morality. We are gleaming animals painted in moonlit sweat glow. Our eyes turn to jewels and everything we do is an example of spontaneous perfection. I have been waiting all my life to be with you. My heart slams against my ribs when I think of the slaughtered nights I spent all over the world waiting to feel your touch. The time I annihilated while I waited like a man doing a life sentence. Now you’re here and everything we touch explodes, bursts into bloom or burns to ash. History atomizes and negates itself with our every shared breath. I need you like life needs life. I want you bad like a natural disaster. You are all I see. You are the only one I want to know.



martedì, dicembre 20, 2011

And who by fire, who by water...And who by Leonard Cohen

Em um ameno fim de tarde, enquanto a cidade segue no ritmo caótico pré-natalino, permaneço em minha prisão sem grades,  imposta pelo meu próprio corpo.
Para acalentar os meus muitos e inacessíveis desejos, apenas a voz doce, quente e deleitosa do menestrel dos menestréis...


venerdì, dicembre 09, 2011

Divirta-se na bolha , mas deixe o cérebro antes de entrar...

Acabei de ler dois artigos e ambos abordam um assunto ao qual todos os usuários da Internet deveriam, pelo menos, dedicar alguns nanos segundos de reflexão.Não que as discussões propostas pelos autores sejam grandes novidades: na verdade, não o são.A questão é que pouquíssimas pessoas sequer perceberam que poderiam existir tais argumentos.E é justamente aí que mora o perigo.Afinal, não há como negar que o uso da internet e das memórias eletrônicas têm formado/emburrecendo uma geração. Como?Muito simples. Apelando para exemplos práticos, você não se dá mais ao trabalho de memorizar mais o telefone de ninguém, pois o celular faz isso por vc.E nem precisa se preocupar como se escreve "exceção" porque o corretor ortográfico está ali para corrigir os erros.Ah, e vc acaba obtendo informações sobre seus amigos através do Facebook, assimilando-as como uma série de dados indistintos, desprovidos de emoções e de relações factuais e linguísticas de interação. E tudo ocorre de forma tão imperceptível, automática, que para confirmar alguma informação ou até mesmo para atribuir um juízo de valor sobre algo, o primeiro passo é  "jogar no Google" antes mesmo de tentar forçar a sua própria  memória para obter ou julgar aquele dado. (Sim, eu não nego que sou uma saudosista, pois sinto falta dos bons tempos em que corríamos para uma estante de livros e não para um teclado de computador...)
Pois bem, voltando aos artigos, o  primeiro, intitulado Lobotomia Globale  refere a questão da personalização dos sites de busca, mas especificamente do Google.Não é de hoje que é possível perceber que, ao buscar uma determinada informação, até mesmo a ordem das páginas relacionadas levará em questão não só minhas buscas anteriores(além do irritante recurso de autocompletar que me faz buscar sem querer um monte de absurdos) bem como minha localização e perfil de usuário e até as lojas em que andei comprando. É por isso que os computadores mostram resultados diferentes para as mesmíssimas palavras pesquisadas.Faça um teste: coloque uma palavra qualquer no seu pc pessoal e em outro compartilhado . A apresentação dos resultados e até mesmo o número de ocorrências serão diversos.
O que o artigo em questão se propõe a discutir é justamente isso. As diferenças baseadas em perfis de utilização. O que está por trás disso é a tão bem dissimulada personalização, vendida como algo que visa deixar o seu computar com a "sua cara" . Ou seja, quando vc acessa algo, uma música, um vídeo, um e-mail, são capturadas as suas informações e o site de busca passa a "propor" uma série de sites correlacionados com algo que poderia interessar aquele usuário específico em virtude do conteúdo acessado.Só que , na verdade,a meu ver,  isso se trata de uma invasão!Consentida, claro. Nós deixamos, numa boa, mesmo!
Pouco a pouco são impostos conteúdos, influenciando as suas escolhas, induzindo o consumo de determinados produtos e serviços, limitando a sua capacidade de discernir sobre os fatos. E não é só isso. Se essa invasão silenciosa permite saber o que eu consumo, leio, ouço , por que não supor o que eu penso? Teoria da Conspiração??? Não, já que os programadores se tornaram uma espécie de "porteiros " que passaram a decidir quais são as origens dos conteúdos que passam a entrar no meu computador.
Além disso, limitar o meu universo a apenas aquilo que eu conheço, deixando-me em uma situação de conforto,de familiaridade, acaba prejudicando até mesmo o meu senso crítico, já que me impede de enxergar além da bolha virtual que o Google acabou criando, em conformidade com a minhas escolhas. Ter acesso as mais diferentes e divergentes opiniões,  manifestações e expressões culturais foi o que fez com que a Internet fosse intitulada Aldeia global. Só que, infelizmente, os homens dos  bits e bytes (e milhões) querem deixar cada um de nós trancado na sua própria oca, deixando que algoritmos guiem as nossas escolhas.
Já o segundo artigo, ataca outro tubarão da net: o Facebook. Ou melhor, critica um "novo conceito" de uso da Internet defendido pelo criador do site de relacionamentos,  Mark Zuckerberg. A bola da vez atende pelo nome de "compartilhamento sem fricção" , ou seja o registro e compartilhamento automático com seus amigos dos seus produtos favoritos(filmes, músicas,livros e artigos lidos), permitindo que seus amigos "descubram mais conteúdo interessante de forma automática" . E isso sem precisar "curtir" nada... 
Claro que ninguém é obrigado a fazer uso do Facebook , mas independente de ser ou não usuário, cabe discutir a ideologia por trás do conceito, já que compartilhamos todos o mesmo ciberespaço. Resistir ao fato de ter tudo compartilhado é lidar com o medo de uma " vigilância onipresente".E mais. É encaixar cada usuário no que Eli Pariser, o autor do artigo anterior, denomina "má teoria de personalidade". As empresas iriam partir de "suposições incompletas sobre quem somos", baseando-se em nossos itens de consumo (livros, músicas,filmes) e buscando nos enquadrar em alguma categoria " pré-existente de marketing", fornecendo assim conteúdo apreciado apenas por outros indivíduos da mesma categoria. Mas uma vez,nos colocam dentro de uma bolha virtual. 
E, ao que tudo indica, parece que nos deixar dentro da bolha se tornou uma tendência. 
Que motivações escusas podem haver por trás da tal política de funcionalidade, praticidade e "perfil amigável"? Será fazer com que todos nós venhamos a nos sentir  , como o autor do artigo bem coloca , " a pior paródia do Vale do Silício, onde todo mundo supostamente sorri e se sente bacana o tempo todo"?

E como navegar é preciso, aprenda a nadar antes que seja tarde.E com cautela, porque os oceanos virtuais estão cheios de tubarões...

giovedì, dicembre 08, 2011

Rugas da separação??

Fátima Bernardes abandonou o marido. Ops, abandonou a bancada do marido. Depois de quase catorze anos apresentando o JN, ela deixa a companhia do grisalho William Bonner para a Fantástica Patrícia Poeta.
Se a desculpa paralela para o afastamento for verdade, ou seja, as rugas da apresentadora (!!!!) estariam em evidência em virtude das imagens em alta definição,acho a troca lamentável.Ô motivo mais besta, sô!Agora a carreira na tevê será limitada pelos seus pés de galinha??Ah, era só aplicar botox na menina, gente!Não é assim? Vc disfarça a passagem dos anos agulhando os seus ângulos. Simples , não???
Mas enquanto o Homer estiver assistindo ao JN, imagino que isso não faça a mínima diferença.
E como não sou uma Simpson , ainda fico com os canais de notícias cujos editores não menosprezem a inteligência e o senso crítico do público, se comprometendo apenas com a boa , velha e utópica prática de transmitir a notícia em tempo real (seja lá a dimensão que isso venha a adquirir...)

mercoledì, dicembre 07, 2011

Um passo para frente e outro para trás

Pois bem, caros bovinos amigos...
Hoje faz exatamente 4 meses que quebrei minha patinha. Passado todo esse tempo, momentos de desespero e otimismo se tornaram minha rotina. Explico: há dias (poucos) em que meu pé está quase normal, ligeiramente dolorido, a ponto de permitir com que eu consiga  fazer com entusiasmo todos os meus exercícios da fisio. Olho no espelho e me imagino correndo pelas pradarias, leve, livre, solta.E mentalizo: é só questão de tempo, dias, semanas e...Voilà
Mas há também os bad days, em que tudo doí, desde as crinas ao casco. O pé incha muito, muda de coloração assustadoramente  e mal consigo caminhar para frente repetindo o comando "calcanhar-meio do pé-ponta do pé". Enfim,minha recuperação tem sido lenta e não progressiva, tipo assim, caixinha de surpresa!Nunca sei o que meu pé irá reservar para a fisio....
Enfim, sigo tentando,pseudo-troteando lenta e vagarosamente, com uma sensação de angústia no peito, vendo o mundo se mover enquanto eu, claudicante, faço planos para um ano que não tem data para começar , pois  ele só começa quando puder voltar a ser eu mesma de novo...E, hoje, ainda não sei quando...
Pelo menos, na minha atual situação, tenho uma vantagem sobre o resto do rebanho: não terei que arrancar pelos, bater cascos e zanzar por ai  e muito menos me endividar com os fatídicos presentes natalinos. Já pode-se sentir a tensão e o estresse noelísticos na voz e no comportamento das pessoas.  Enquanto falava com uma amiga, ao telefone, ela se lamentava sem parar por não saber o que dar presente e o quanto não estava com saco de sair por ai.Disposição zero. Pelo menos desse mal, dessa vez, estou livre.
E, plagiando às avessas um velho amigo, posso afirmar que há luz no porão do fundo do poço em que me encontro....