venerdì, agosto 12, 2005

Gisele Bündchen é uma baleia (na Argentina)

Os padrões de beleza atuais são cada vez mais assustadores, para chegar a essa conclusão basta acompanhar a mídia que passou a tachar de "cheinhas" mulheres sempre tidas como referência de beleza e saúde .Curvas são algo impensável, coxas e quadris terminantemente proibidos, seios naturais artigo raro (ou é de silicone ou não é seio, hábito importado do USA. Não basta ser bela, vc tem que ser esquelética , quase um modelo para aulas de anatomia óssea.

E esse panorama se reflete na indústria , que seguindo as tendências deixou de fabricar roupas em tamanhos até então considerados normais. Esta cada vez mais complicado achar roupas em tamanhos acima dos 42, é só ir até uma arara de uma grande loja de departamentos para observar esse fato. Vc encontra quinze peças no tamanho PP, dez no P, umas cinco em tamanho M e quando muito , duas ou três em tamanho G. GG , nem pensar , só em lojas especializadas.

A Veja dessa semana tem uma matéria intitulada "Fofinhas , só por decreto " que dá um panorama desse absurdo, culminante em uma lei por parte da Assembléia Legislativa de Buenos Aires obrigando as fábricas de vestuário a produzir, e as lojas a expor nas vitrines e manter em estoque, tamanhos que vão do 38 ao 48. As lojas só tinham roupas em tamanho único (molde esquelético) ou então em padronagens vagas como P, M e G. Além disso, as roupas de manequim 44 em diante são mais caras que as de 36. Essa foi uma medida enérgica, mas necessária já que a Argentina está em segundo lugar no ranking mundial (atrás apenas do Japão) de distúrbios alimentares. Para as argentinas, ser magra é uma questão de status quo, se vc está fora dos padrões sociais de beleza será condenada ao ostracismo e a infelicidade permanente de uma vida em dietas.

O mais preocupante é que os fabricantes e lojistas de roupas advertem que essa nova padronagem irá ficar encalhada nas araras e prateleiras , já que não existe demanda para tamanhos grandes ...Será prejuízo na certa, já que mulheres de carne e osso estão em falta no mercado argentino.

4 comentários:

Normanda Asterixiana ha detto...

Ai, que dó que me dá isso tudo. Cada vez mais acho fofas minhas banhinhas naturais. Sou uma outsider, mesmo. Mas, você falou em seios... Tem um nicho para eles... Você sabe que eu reviso revistas que falam de DVDs, inclusive eróticos, né? Pois nessa área do entretenimento tem muita coisa especializada em "fartos e naturais"...Pelo menos no quesito taras, ao menos no Brasil, silicone não é um "in". Ufa.

Bellit ha detto...

Discordo...No Brasil silicone é muitooooooooooooo in. Basta ver os números absurdos da indústria do silicone no BR. Até quem já tem seio grande tá colocando silicone para ficar maior...

Normanda Asterixiana ha detto...

Sim, mas entre as mulheres, darin.

Anonimo ha detto...

A carne que importamos da Argentina vem das clínicas estéticas. : )

E o sabão cor-de-rosa também!