sabato, giugno 28, 2008

Eu sou uma máquina de pinball


Sempre gostei dos textos da Clarah Averbuck,desde o tempo do blog brazileira preta..Dona de uma escrita ímpar, corrosiva, direta, que consegue até mesmo ser brilhante, a ponto de vc poder escolher uma outra citação para aplicar no cotidiano, inclusive... A menina, além de bonita, tem talento, sem sombra de dúvida.
Conforme a dica (e atendendo a pedidos da minha querida amiga) terminei de ler Máquina de Pinball, e o melhor, de grátis. O livro está disponível para download já que para a moça o que importa é ser lida e nada mais.( Não, definitivamente ela nem de longe lembra o Paulo Mago Coelho,cujo lema é “escrever mal, vender muito”)
O livro é ótimo, daqueles de ler em um só fôlego, já que é bem curtinho, apesar do conteúdo ser bem espesso:
Planeta: Terra. Cidade: São Paulo. Como todas as metrópoles, São Paulo encontra-se hoje em desvantagem na sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. Caralho, que cidade suja.

Assim, em uma referência direta ao cult (que eu amo) Spectreman, inicia-se a narrativa, permeada não só de referências pops mas tb literárias e musicais. Sempre dialogando de um universo partilhado com o leitor, este é apresentado a uma narradora -a jovem Camila- tão caótica quanto sua rotina, perdida entre a escrita , as noitadas e os copos de "Vódega", entregando-se sem medo à vida e a tudo que ela possa oferecer. Sem julgamentos, sem escudos, sem máscaras. Camila poderia ser o alter-ego de muitas mulheres que assumem seus medos, mas mesmo assim resolvem bisbilhotar, no escuro, embaixo da cama às três da manhã de uma noite de tempestade. E elas se permitem viver de fato cada única experiência, qualquer experiência, diga-se de passagem, seja à dor ou ao prazer. O que não vale é a mediocridade de uma vida estável. A intensidade de um único momento seduz mais que uma vida inteira insossamente em equilíbrio. E de que vale o equilíbrio???
Literariamente pode ser maravilhoso, só que viver assim, sentir o mundo e as pessoas desse modo, consiste em sempre dar murro em ponta de faca, ter sempre sangue nas mãos, pois nunca se respeita o tempo mínimo para que as feridas cicatrizem. Na verdade, elas nunca cicatrizam... Não é nem preciso falar que vivendo desta forma (e que não é uma escolha, fique bem claro),relacionar-se com os outros é algo muito complexo e doloroso. Sim, pois o mundo todo, cada um de nós, cada ser ruminante ou não, se esconde atrás das altas muralhas dos seus medos. Medo do nada, medo do tudo. Medo, apenas medo, e sabe-se que não é só mais uma palavra... É o monstro que se esconde no interior da alma e que nos impede de dar um mergulho lento em um abismo profundo ou de apostar todas as fichas, mesmo sabendo que ora se ganha, ora se perde. E que sempre haverá uma nova rodada de apostas.
Particularmente, em relação ao sexo oposto, Camila é bastante contundente: “Ma-ri-qui-nhas. Deus, tenha piedade de mim. Eu vou morrer sozinha, deus? Todos os meninos são assim? O senhor não fez nenhum que não tenha medo de correr riscos, de quebrar a cara, de acelerar em direção a um muro e desviar no último segundo?”
Mesmo mucca, reconheço que carrego em mim algo de Camila. Talvez o livro tenha me tocado tanto pela intensa identificação, mas principalmente porque Clara consegue verter em palavras os sentimentos, as sensações, as espirais de pensamentos de uma mulher intensa que percebe que:
“Os homens devem ter um sindicato. Eles decoram o texto, recitam com a mão no peito e ganham uma carteirinha secreta. No livro de regras deve ter coisas como “nunca fique com uma mulher que possa quebrar seu frágil coração maricas”, “e “fuja de mulheres intensas, elas são todas malucas”.
Quem quiser conferir, terá o prazer de desfrutar de uma leitura diferenciada, que posso garantir valer a pena, nem que seja pelas situações bizarras vividas pela personagem ou pelas diversas referências musicais que vão de Strokes a Chet Baker.
Agora em julho será lançado o filme, baseado nesse livro e em outros escritos de Clara. Camila foi interpretada pela excelente Leandra Leal. Eu, com certeza, sairei do meu curral para curtir as aventuras cinematográficas desta jovem tresloucada, mas que carrega um pouco de tudo dentro de si. E um pouco de mim, tb,sem dúvida.



venerdì, giugno 27, 2008

Ah, o inverno...




Pois é ,o inverno nem bem começou e o frio já chegou com tudo nos pastos do sul. E todo esse frio é um convite à introspecção para mim, fortunata mucca, que pastando ao sol ameno,sinto o coração pulando un pó in più por algo que forse não fosse nada mais que uma folha de relva ao vento. Me peguei cantarolando uma música invernal de uma bandeca italiana chiamata Modà. Popzinho para esquentar os corações. E eu cantarolava essa singela canzone d' inverno, bem no estilo "quero que vc me aqueça neste inverno e que tudo mais vá pro inferno"...Só falta alguém para me aquecer, mas isso é apenas um detalhe... Quem tem cobertor não morre de frio, afinal ...hehehe E eu tenho uns cinco cobertores. Eu sobrevivo sozinha a esse e outros invernos , com certeza...Eu sempre sobrevivo, afinal...



Sento spesso il bisogno di chiudere gli occhi e capire,
se e giusto pensarti, lo stesso,
anche se sei un ricordo,ed è strano,
ricevere tanto da te senza averti vicino...
ora che è freddo vorrei tanto,
averti qui addosso e sentire più caldo non avere più paure
e impegnarmi per farti star bene
perché per me sei il sole e le mie parole non son solo parole

io sento le tue mani lo stesso
anche se non ti ho accanto
vorrei averti vicino per farti sentire che bello
è l ‘inverno dove un semplice abbraccio
può sembrare diverso perché oltre al contatto,
trasmette qualcosa di molto più caldo.

Mi domando se è giusto se son pazzo
se è sbagliato quel che stò facendo mi rispondo,
che posso mentire con tutti ma non a me stesso
che non voglio rinunciare a qualcosa che sento
e che voglio di brutto,
e che cerco nel vento giuro le mie parole,
non son solo parole
io sento le tue mani lo stesso anche se non ti ho accanto
vorrei averti vicino per farti sentire..
Che bello è l ‘inverno dove un semplice abbraccio,
può sembrare diverso,
perché oltre al contatto trasmette qualcosa..
di molto più caldo e ..e .. e