venerdì, agosto 29, 2008

Cantora nem tão nova , mas...


Não que o nome Vanessa da Mata seja uma novidade no cenário musical brasileiro, mas eu até então conhecia apenas umas quatro músicas, aquelas que ganharam as rádios e tocaram insistentemente graças ao fato de estar na trilha sonora de alguma novela global. Mas agora, escutando a todos os seus discos, percebi que a moça tem talento, uma voz gostosa que se encaixa perfeitamente em músicas sem grandes pretensões, mas ao mesmo tempo delicadas e ricas, ao abordar , principalmente, as relações homem-mulher, em diferentes estágios e condições. Me lembrei muito da Marisa Monte nos áureos tempos de Mais e Barulhinho Bom, em que ela não era fazida, chata e nem se achava sambista.
Vale destacar "Case", linda canção, para embalar todo e qualquer romance cor-de-rosa ou então "Vermelho" ,"Delírio" e "Ilegais" que aborda o lado mais carnal da coisa, com uma mistura de dub, reggae, bossa nova, numa fusão bem brasileira. E entre tantas músicas, encontrei uma que pode ser a trilha momentânea da minha vida:

Está acabando o amor
Você ainda não veio
Não disse, não ligou
Se vem viver comigo

Se me quer como amiga
Se não quer mais me ver
Você vai me esquecer
Você vai me fazer padecer

Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu vejo por aí
Você não está comigo

Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai sofrer

Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz

Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu sinto por aí
Você não está comigo

Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai perder

Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz

Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero calada


Para aqueles que conhecem apenas aquelas quatro musiquinhas, sugiro ouvir com atenção a moça. Por incrível que pareça, ela tem boas músicas a oferecer para os mais variados ouvidos.


lunedì, agosto 25, 2008

História para boi dormir V


Algumas pessoas acham que eu sou ingênua, outras, que sou desligada, desastrada, azarada, ou boazinha, boa menina ou sei lá mais o que. Legal, na maioria das vezes gentil, ás vezes em demasia, segundo alguns. Insegura, com baixa auto-estima e com complexo de inferioridade na singela observação dos pseudo-psiquiatras que me cercam (sim, porque de médico e louco todo mundo tem um pouco). Outras pessoas me tiram para esquisita com gostos bizarros e comportamento mais ainda. Para alguns seres, sou uma nerd depressiva e na opinião de meia dúzia de parentes carolas e hipócritas uma “perdida”, uma mundana ou então uma loser de carteirinha. Já ouvi até que sou “gatinha”, que sou um “touro”, um “tanque”, sensível demais e inteligente. E inclusive a mulher perfeita (seja lá o que isso signifique)
Já ouvi tantas coisas a meu respeito, mas só agora percebo que todas essas desencontradas opiniões não me dizem nada. Nadinha, na verdade. Porque só eu sei quem eu sou. Eu sei sim, de verdade.
Apenas eu tenha a perfeita noção de todas as pecinhas que formam o quebra-cabeça da minha existência. Só eu é que sei o verdadeiro impacto de cada uma das minhas perdas, de cada uma das minhas lágrimas, da minha solidão, dos meus medos, de cada uma das minhas dores reais ou imaginárias, Ou dos meus risos, das minhas epifanias, das minhas vitórias, dos meus abraços, dos meus orgasmos. Solo io, soltanto io. Nenhuma pessoa, por mais intimamente que me conheça, não pode dizer com perfeita exatidão são foram os livros, as músicas, as cores, os cheiros, os sonhos, os dias, as noites, o encantamento, os momentos, as coisas, as pessoas que se amalgamaram a mim e que eu levo grudados em minha alma e tatuados em meus olhos, meus ouvidos, minha boca e minha pele.
Eu, feita de pedacinhos, como um vaso, relíquia de família, que ano após ano é derrubado por uma nova geração e colado com destreza sempre retorna para o mesmo lugar de destaque, ainda que repleto de novas marcas. Para aqueles que não reconhecem um vaso precioso, aquela coisa cheia de marcas não passa de mais uma quinquilharia. Mas aqueles que reconhecem o verdadeiro valor do vaso sabem que ele cintila a luz do sol e que é uma peça rara, tesouro de valor inestimável.
Ou talvez eu seja um mosaico, feita de brilhantes caquinhos coloridos e multiformes, que sozinhos não fazem nenhum sentido, mas que unidos formam uma bela figura, mas que só pode ser percebida pelos olhares mais atentos. Não basta olhar uma , nem duas vezes. O belo não salta aos olhos, muito menos daqueles que se recusam a enxergar.
Isso tudo sou eu, ou talvez não. Mas apenas eu sei o que é verdade ou ficção. Só eu sei determinar quem eu sou e por isso sei o que você perdeu...


mercoledì, agosto 06, 2008

Tem coisas que só lamentar não basta



David Lynch ma minha cidade. E eu não tenho como ir...Ingressos mais do que esgotados e não rola cambista.Existe o boato de qque na hora irão liberar 25 ingressos, mas isto está me parecendo mais uma lenda urbana (e cinéfila)
É, só lamentar não basta. Pelo menos assisti a uma entrevista dele no Jornal da Globo. O negócio é sentar, chorar e chupar o dedo. Se eu não fosse uma mucca isolada em seu curral saberia da vinda, teria já comprado o meu ingresso (me inscrito, que seja) e estaria agora contando as horas para meditar em companhia de Mister David...