lunedì, ottobre 31, 2011

Doces, truques ou filmes


E como hoje é o Dia das Bruxas, não poderia deixar de evocar uma breve seleção de filmes de arrepiar os cabelos, testar a resistência cardíaca e roubar o sono das almas mais impressionáveis.Irei me limitar a apenas três indicações , já que o tempo é breve e tenho doces ou truques a providenciar.


Não irei incluir os velhos e eternos clássicos Nosferatu e Drácula (1931) , mas sim, por assim dizer, novos clássicos. Assim sendo, não poderia deixar de lado O Exorcista(1973). A história da menina possuída pelo demo conquistou uma legião de fãs além de ganhar o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som. Se não me engano, foi também o primeiro e único filme de terror da história a ter sido indicado ao prêmio de Melhor Filme.
Continuando com os novos clássicos, vale lembrar um filme que me assustou quando ainda era uma bezerrinha: A Morte do Demônio(1981). Eu considero o filme um marco, ao ensinar a Hollywood como produzir algo de qualidade com um orçamento diminuto.. As tomadas em que a câmera fazia as vezes de demônio e perseguia os personagens causavam um efeito impressionante e revelavam o talento e a criatividade de Sam Raimi ao mundo.

E para terminar, um filme que não tem nada de sobrenatural, só para nos lembrar que o horror é humano, demasiado humano . Indico um filme que assisti sem qualquer pretensão mas que acabou me surpreendendo pela forma com que a narrativa foi apresentada.Em Rejeitados pelo diabo(2005) Rob Zombie parece ter acertado a mão ao misturar dois ícones do cinema de horror dos anos 70 (Ken Foree e Michael Berryman) a um roteiro com estilo de road movie com clima de faroeste, com direito a perseguição do xerife. O filme , tosco, violento, trash consegue em meio ao rastro de corpos e sangue fazer com que você crie uma certa empatia pela família de psicopatas Firefly.

E para encerrar a noite, nada melhor e mais apropriado do que espantar os seus próprios demônios e soltar as suas feras embalado pela  minha adorada banda de horror punk The Misfits.

 

lunedì, ottobre 24, 2011

Um triste addio ao Urso Cabeludo


Ontem os roncos dos motores da MotoGP se silenciaram em uma curva de Sepang. Na segunda volta, Marco Simoncelli, o Urso cabeludo, promessa de renovação entre os pilotos italianos, sucessor de Valentino Rossi no coração e nas pistas, caiu em uma curva , ao duelar com Alvaro Bautista.Super Sic, como é conhecido no meio, escorregou na saída da curva. Mas, inexplicavelmente ,  ficou preso a moto.Acabou escorregando para o meio da pista, sendo atingido em cheio por Colin Edwards, evento presenciado pelo "irmão mais velho", Valentino Rossi, que vinha logo atrás.Valentino, pelo vídeo, conseguiu desviar do seu "fratello minore", como ele se referia a Marco.
A imagem do capacete de Marco voando em direção ao gramado da área de escape é impactante. Como explicar que um equipamento de primeira linha, com sistema de fechamento especial tenha voado pelos ares? A força do impacto foi arrasadora, sem dúvida.
Simoncelli permanece ali, imóvel em meio a pista, enquanto Edwards voa e Valentino freia.
Por causa do atropelamento, Marco  sofreu diversos traumatismos na cabeça, no pescoço e no peito. Inconsciente, foi atendido pela equipe médica e sofreu uma parada cardíaca.
A reanimação continuou durante 45 minutos, só que em vão. Marco Simoncelli veio a falecer aos 24 anos , às 16h56 (no horário local, 6h56 no horário de Brasília)  no mesmo circuito em que se proclamou campeão do mundo na categoria 250 cc.em 2008.
Marco disse adeus fazendo aquilo que mais gostava. Deixa as pistas para subir aos mais alto dos pódios.  E todos que pilotam sabem que sempre vivemos a um ronco, a uma freada, a uma curva, a uma derrapada, a uma queda do abismo. E isso não nos faz mais irresponsáveis, pelo contrário, nos torna mais lúcidos e conscientes do quanto a vida é preciosa e de que todo momento é inigualável, único. Vislumbramos com mais frequencia (e melhor) do que ninguém o significado da palavra fatalidade.
Addio, caro Marco!Os motores ainda irão roncar, mas no nosso coração restará o silêncio da tua ausência.  Espero que onde quer que estejas não faltem novas e desafiantes curvas...
Riposa in pace, Super Sic...

lunedì, ottobre 10, 2011

Voltando a ruminar (de novo!de novo!)

Caros amigos bovinos:

Depois de uma  longa ausência, cá estou eu de volta. Sim, porque meu isolamento no meu curral tem limite e uma hora tenho que deixar a televisão de lado (Oh! Cride, fala prá mãe!).Balançar o rabo e espantar as mosquinhas já não tem sido mais tão reconfortante assim.O que eu preciso é de uma boa ruminação, ou seja colocar essa mente para se mexer. E voltar a ruminar , ruminar e ruminar. Nem isso, tão natural a uma mucca, ainda que pazza,  tenho me dado o trabalho de fazer porque levar vida de gado "deixa o povo feliz".
Eu acabei de tornando mais uma mucchina, tentando ser só mais uma cabeça em meio a boiada.Não que tenha sido uma escolha totalmente consciente.No fundo, só fui adaptando os meus cascos aos acidentes do terreno e sabendo aos poucos como  lidar com a ausência ou fartura de pasto , de água e até mesmo de abrigo. 

Se estou como estou e onde estou é  porque numa tentativa de recomeçar de novo minha troteada,optei(Ou não, há controvérsias), por  assim dizer,  "encaixotar " toda a minha caminhada  e empilhá-la em algum porão escuro do meu ser, deixando-a lá, acumulando pó, a ponto de ser tornar apenas mais um entulho esquecido em um canto. Cheguei a ter a sensação de que , se olha-se para trás , não reconheceria as marcas deixadas pelos meus cascos,parecendo elas algo que nunca me pertencera.
Mas abrindo mão de tudo que se relacionava a minha antiga vivência, terminei por me afastar também de coisas que me proporcionavam um imenso prazer e, de certa forma, acabei me tornando uma espécie de Atreyu , lutando contra o Nada e o Vazio.
Meu nada se tornou um monótono dia após o outro, sem me entregar a nenhum excesso sensorial(tirando os etílicos!) e vivendo no comedido conforto de uma vida bovina. E o vazio deixado pelas caixas de lembranças, experiências e sensações foi preenchido pela angústia da perda.E por uma infundada e irracional espera.(não pergunte do que, como disse : é irracional!!!) 

E escrever estava entre essas coisas, agarradas com as duas mãos, jogadas e presas dentro das caixas da minha memória.Foi um dos prazeres negados ou relegados . E na cotidiana boviedade , percebi que poderia sim abrir uma das caixas, ainda era possível resgatar do fundo delas as palavras, as intenções, os pensamentos, as sensações. Não há como negar que escrever confere materialidade e preenche o vazio. Ainda que este se trate de uma tela de computador ou das linhas em uma folha de caderno.
E assim, sem nenhuma grande epifania ou sem arquitetar nenhum plano mirabolante de dominação global resolvi começar tirando o pó e as teias de aranha do meu blog, companheiro de bons e maus momentos, no qual digitei sem pretensão alguma posts e posts do mais puro deleite pessoal de um escriba. Sim, escrever é bom e eu gosto .Simples assim. E agora eu quero ter de volta aquilo que eu gosto. Já basta de monocromia, insipidez, silêncio, paralisia. 
Claro que não tenho mais a facilidade de outrora em organizar meus pensamentos através de palavras, até porque escrever é hábito que deve ser constantemente praticado e aprimorado.E cá entre nós, nem lista de supermercado eu tenho escrito. Só que eu acredito que escrever é como jogar xadrez. Depois que você aprende a mexer com cada uma de suas diferentes peças, basta se entregar a prática do jogo para saber aplicar, desenvolver estratégias. E por acreditar nessa ideia,dentro em breve estarei postando alguma coisa, e movendo meus dedos, frase por frase,articulando estratégias entre os parágrafos ,  chegará o dia em que conquistarei meu primeiro xeque-mate literário: um texto que proporcione a vocês o mesmo prazer, a mesma satisfação que eu sinto ao redigi-lo.
Por enquanto, juro , contentem-se com o novo visual do meu curral(bom, rimar acho que eu ainda sei...hehehe).
Até breve!