mercoledì, luglio 27, 2005

Por uma vida menos ordinária



Voltei para o meu curral de origem, onde nasci, e onde de novilho me tornei adulta. Aqui é lindo, campos verdejantes, céu azul translúcido, vento gelado das terras do sul. Eu amo o lugar onde nasci, é o chão onde piso com segurança, onde o pasto me agrada e o sol me aquece.
Mas cindo dias aqui são suficientes para saber porque não quero estar aqui, porque abandonei tudo que amo por currais longínquos e pastos estranhos. O principal motivo, creio, é Mamma mucca: ela é de enlouquecer até pedra. Ela quer porque quer que fique eternamente espantando as mosquinhas do seu lado, sem nem ao menos consultar-me qual é o meu pasto favorito ou se prefiro ou não dormir ao relento. Ela quer impor sua vontade de vaca mãe, movida por um egoísmo sutil , que me vê como dama de companhia, que agüenta muda suas interpéries. Não, isso não é amor maternal. Não pode ser que seja, já que em nenhum momento são colocados em discussão os meus desejos, os meus sonhos, as minhas necessidades. Mas sim aquilo que ela acha que eu deveria ter . E nada mais.
E eu fico triste, pois já não sou nenhuma bezerrinha para suportar tamanha intromissão. O problema todo é que não sou uma mucca independente, não tenho meu curral privativo , nem meu pasto diário garantido. Ainda. Mas ficando aqui, pastando com mamãe não é garantia de futuro algum....E isso, infelizmente, ela não entende.
Hoje brigamos feio, disse que ela queria mandar na minha vida sem nem ao menos me consultar se era isso que eu queria ou não. Depois , como se nada tivesse acontecido, me liga para ir ao cinema, vê se pode. Tudo que ela quer é uma dama de companhia , senza dubbio . Pior que carrapato , não dá sossego. Se deixo ela se aproximar, ela é como berne, me come por dentro.
A única coisa boa de estar perto da mucca mãe é que ela tem uma conexão rápida,onde posso mandar mugidos via messenger àqueles que só me deixam feliz... Mas depois da briga, não ficarei muito tempo perto dela, acho. Enfim, no momento me resta um pentium 166, memória no limite, cujo dono me diz que não há como instalar o messenger e no qual levo cerca de cinco minutos para abrir uma página...
Ficarei só, sem minha doce companhia, em minha pequena pastagem provisória, esperando poder correr livre por verdes campos ao luar . Longe, bem longe daqui.

2 comentários:

Normanda Asterixiana ha detto...

Era isso que eu temia, desde o inicio, minha querida.
Mas você vai superar, vai sim.
Te adoro, torço por ti.

Anonimo ha detto...

É! Se você já chegou no fundo do poço, a tendência agora é só de subir!