lunedì, agosto 25, 2008

História para boi dormir V


Algumas pessoas acham que eu sou ingênua, outras, que sou desligada, desastrada, azarada, ou boazinha, boa menina ou sei lá mais o que. Legal, na maioria das vezes gentil, ás vezes em demasia, segundo alguns. Insegura, com baixa auto-estima e com complexo de inferioridade na singela observação dos pseudo-psiquiatras que me cercam (sim, porque de médico e louco todo mundo tem um pouco). Outras pessoas me tiram para esquisita com gostos bizarros e comportamento mais ainda. Para alguns seres, sou uma nerd depressiva e na opinião de meia dúzia de parentes carolas e hipócritas uma “perdida”, uma mundana ou então uma loser de carteirinha. Já ouvi até que sou “gatinha”, que sou um “touro”, um “tanque”, sensível demais e inteligente. E inclusive a mulher perfeita (seja lá o que isso signifique)
Já ouvi tantas coisas a meu respeito, mas só agora percebo que todas essas desencontradas opiniões não me dizem nada. Nadinha, na verdade. Porque só eu sei quem eu sou. Eu sei sim, de verdade.
Apenas eu tenha a perfeita noção de todas as pecinhas que formam o quebra-cabeça da minha existência. Só eu é que sei o verdadeiro impacto de cada uma das minhas perdas, de cada uma das minhas lágrimas, da minha solidão, dos meus medos, de cada uma das minhas dores reais ou imaginárias, Ou dos meus risos, das minhas epifanias, das minhas vitórias, dos meus abraços, dos meus orgasmos. Solo io, soltanto io. Nenhuma pessoa, por mais intimamente que me conheça, não pode dizer com perfeita exatidão são foram os livros, as músicas, as cores, os cheiros, os sonhos, os dias, as noites, o encantamento, os momentos, as coisas, as pessoas que se amalgamaram a mim e que eu levo grudados em minha alma e tatuados em meus olhos, meus ouvidos, minha boca e minha pele.
Eu, feita de pedacinhos, como um vaso, relíquia de família, que ano após ano é derrubado por uma nova geração e colado com destreza sempre retorna para o mesmo lugar de destaque, ainda que repleto de novas marcas. Para aqueles que não reconhecem um vaso precioso, aquela coisa cheia de marcas não passa de mais uma quinquilharia. Mas aqueles que reconhecem o verdadeiro valor do vaso sabem que ele cintila a luz do sol e que é uma peça rara, tesouro de valor inestimável.
Ou talvez eu seja um mosaico, feita de brilhantes caquinhos coloridos e multiformes, que sozinhos não fazem nenhum sentido, mas que unidos formam uma bela figura, mas que só pode ser percebida pelos olhares mais atentos. Não basta olhar uma , nem duas vezes. O belo não salta aos olhos, muito menos daqueles que se recusam a enxergar.
Isso tudo sou eu, ou talvez não. Mas apenas eu sei o que é verdade ou ficção. Só eu sei determinar quem eu sou e por isso sei o que você perdeu...


3 comentários:

Rafael ha detto...

:_)

=*

<3

Samara L. ha detto...

Olha, e eu sei o que ele perdeu. Sei como poucos.

CRETINO!

Te amo. Baci.

Rafael ha detto...

Porcos não entendem nada de pérolas.