giovedì, aprile 12, 2007

Esperando Twin Peaks

Com um considerável atraso, diga-se de passagem, entra em pré-venda a partir do dia 26 a segunda temporada de Twin Peaks, a inesquecível e delirante série criada por David Lynch e Mark Frost que marcou toda uma geração e que por dois anos (90/91) manteve o público com os olhos presos na telinha para poder saber, afinal, “QUEM MATOU LAURA PALMER? O sucesso foi tão grande, resultando em vários livros e produtos derivados , de modo que a popularidade da série acabou rendendo até duas aparições em episódios dos Simpsons. Na primeira, Homer parece assistindo a série e em outra , Lisa faz as vezes do anão na sala vermelha no episódio Who shot Mr. Burns ? Não há como negar que Twin Peaks talvez tenha sido a pioneira nas séries genericamente chamadas de “mistério” ou sobrenaturais centrada em um único enredo, já que dentro do gênero já existia The Twilight Zone desde 1959, mas os episódios eram independentes .
Para quem não teve o
privilégio de acompanhar a série que passou editada na Globo e depois foi reprisada pela Record (se não me engano), o enredo se inicia com o assassinato da rainha do colégio, a bela Laura Palmer , encontrada morta no rio da pacata cidadezinha madeireira de Twin Peaks, quase fronteira com o Canadá. Porém, a cidade abriga inquietantes e misteriosos segredos preservados pelos curiosos , inusitados e bizarros habitantes, como a Sra. do Tronco , que anda de um lado para o outro carregando um tora de madeira. E para desvendar a morte da jovem, cujo modus operandi remete a um cruel serial killer, chega à cidadezinha o agente Dale Cooper (Kyle McLachlan) do FBI, que com seus métodos nada ortodoxos encontra em seus sonhos , mais precisamente na célebre sala vermelha (onde um anão em uma linguagem onírica lhe revela todas as facetas obscuras da moça e dos envolvidos) as respostas que passam despercebidas ou ocultas na vida real. O segundo ano parte de um evento marcante ocorrido no último episódio do primeiro ano: Cooper é baleado na porta do seu quarto de hotel quando acabara de ter um sonho que revelava o assassino de Laura.
A trilha sonora também merece destaque , fruto da habitual parceria Badalamenti/Lynch (diria que essencial em todas as demais produções do diretor), que resulta em uma conexão perfeita entre o imaginário surrealista de Lynch e todo o misterio, a sensualidade, o lirismo que as melodias de Badalamenti traduzem.
Para aqueles que como eu compraram o primeiro ano, façam suas apostas e descubram finalmente quem matou Laura Palmer...

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